PEDRO DE ALCÂNTARA DE SOUSA BRITO
( Brasil - Piauí )
Nascido em Oeiras, a 19 de outubro de 1882, e falecido em Teresina, a 4 de outubro de 1955.
Advogado provisionado jornalista e poeta, historiador.
Membro da Academia Piauiense de Letras, o primeiro eleito após a constituição da Academia, em 1917, cadeira no. 14, patronímica do Cônego Raimundo Alves da Fonseca, sendo o atual ocupante Carlos Porto. Desde o verdor dos anos que escreveu versos, destacando-se como poeta lírico, “um poeta lírico de primeira ordem”, na frase de Lucídio Freitas. Também poeta humorista.
Como advogado e jornalista político, tomou parte em todas as campanhas cívicas que agitaram o ambiente das suas atividades e elevaram os meios culturais piauienses. Repentista, homem de espírito.
Cursou a Faculdade de Direito do Piauí.
Usou o pseudônimo literário de Vitor do Herval.
Dirigiu, em Teresina, o jornal O Artista, em 1902.
Publicou “Monografia sobre o Habeas-Corpus e sobre a Intervenção no Estado do Rio de Janeiro”, em 1923.
Deixou o livro inédito de poesia “Volatas”.
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ANTOLOGIA DE SONETOS PIAUIENSES [por] Félix Aires. [Teresina: 1972.] 218 p. Impresso no Senado Federal Centro Gráfico, Brasília. Ex. bibl. Antonio Miranda
Rio Gurguéia, foto: https://cidadeverde.com/
Á MARGEM DO GURGUÉIA
No seu queixoso e brando murmúrio,
Caudaloso e veloz — das cabeceiras
Até a barra — vem descendo o rio
Em correntezas, límpidas, ligeiras!
Que profundo rumor de cachoeiras!
Águas cantando em meigo desafio
Lembram canções de alegres ceifadeiras
Nas noites outonais de ameno estio!
E o rio desce e corre velozmente,
Espumando, feroz, vermelho e quente,
Tudo após si deixando desolado!
E eu, a quem tua ausência mais crucia,
Como o rio conduzo, noite e dia,
O coração de mágoas inundado!
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Página publicada em março de 2023
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